segunda-feira, 8 de novembro de 2010

...5, 4, 3, 2, 1...aborta a missão...

Pois bem.
Estamos a entrar numa altura do ano que gosto particularmente de exagerar na escrita com a minha digital. Para mim, as fotos nesta altura do ano, com os tons acastanhados que a Natureza nos oferece são de uma beleza ímpar. Hoje, consegui fazer algumas das mais belas fotos desde que as partilho aqui neste meu cantinho"As voltas do Pinto Infante".
Com carga profissional QB, este Domingo, o que me impediu mais uma vez de participar no evento realizado por malta amiga/colega, naturalmente chegava a 2ª Feira. Folga, merecida. 
Há já há algum tempo ansiava fazer uma das minhas. Sair logo que possível de Castelo Branco, e iniciar o regresso orientado pelo meu GPS até à Lardosa, desbravando alguns trilhos para mim virgens. Assim tentei...
A saída pelas 9H30 de Castelo Branco foi via Barragem da Talagueira. Aqui já havia passado, fazendo a passagem por cima da A23 virado a Sul e seguindo em direcção à ribeira da Líria casando esta com o Ocreza. Por trilhos nunca dantes navegados(por mim) ia galgando cautolosamente km a Km. Ao deixar de ver a cidade Albicastrense, esbarrei na 1ª travessia do dia, with galochas, vai daí e toca a molhar o pézinho. Nada de preocupante.
Aproximava-se um dos grandes momentos do dia. Ao descer um magnífico pinhal, mais a minha companheira e hoje sob a batuta do meu GPS, um moinho antigo e já fora de prazo há alguns anos, dava beleza à dureza do corta fogo que se encontrava do outro lado da margem, e que sem dar conta disso, o meu orientador de seguida ordenava que o subisse. 
Deveras lindo.
Um velho moinho onde só animais como javalis, que tive o prazer de os ver, ao longe diga-se, mas só mesmo estes bichos se conseguem movimentar por estas bandas.
Foi com algum sacrificio que com ela à mão(50m), transpus a margem para o lado a 5 Kms do Palvarinho. Aqui, com este corta fogo é que a porca torceu o rabo. Para o subir, com uma inclinação em que não me engano muito se disser 30%, tive que a pé parar para aí 10 vezes. Uma coisa horrivel...
A capela de São Lourenço abençoava mais um pouco deste dia que, aos poucos a chuva ia ganhando a aposta a um sol envergonhado. Lagaretas. Esta bela passagem sempre admirada por nós BTTistas.
Eis que após o Palvarinho e circulando já pelas quelhas e bredas desta zona, dou de caras com esta bela imagem, digna de um talvez"...e esta hheeeinnn'''"
Ah, se fosse de tarde e em tempo de sol, de certeza que a bringela frita e o tinto não faltariam em cima da mesa. Acreditem ou não, ainda é possível ver algumas hortas tratadas por estas bandas. Até quando?!
Frente, e para tristeza minha a contagem decrescente tinha iniciado. "Porra"...5, 4,...pode ser que não...3...
Seria possível que com tudo isto preparado ao pormenor, ao aproximar-me do Freixial, o São Pedro, fazia a sua  aparição com uma chuva terrivelmente chata e que ia deixando aos poucos o Pi(to)nto todo encharcado!!!

Uma das minhas mais belas fotos que consegui registar. Debaixo de chuva, escuro e a magestosa Gardunha a sorrir-me...A realidade lá ao fundo, era outra...Diria mesmo duas realidades bem diferentes...
Inacreditávelmente, 2...1 e por muito que me custasse começava a ficar desagradável andar a fazer uma das coisas que mais gosto nas horas de laser. Tinalhas, Marateca e com vento frio e a soprar a grande velocidade, acabei por abortar a missão a que me tinha proposto para este meu dia de folga.
0 aborta a missão...
Aborrecido por não ter acabado os 75 Kms propostos inicialmente...
Mais folgas virão, e esta tenho que a acabar lá para os caminhos já conhecidos do Baú, onde a serra da Gardunha me há-de abraçar com os seus magníficos singles e bredas.
Lardosa, 8 de Novembro de 2010.
Pinto Infante