...de Bar(quinha)co andei na tropa...

Neste fim de semana 29 de abril revivi uma época da minha vida através da simples bicicleta.
De há uns tempos para cá namorava um evento lançado no fórumbtt ali para os lados de Vila Nova da Barquinha/Entroncamento.
Desde logo este evento me despertou alguma curiosidade, pois a olhar para o trabalho desenvolvido pelo Grupo Cicloturismo Barquinhense dava para ver o que nos esperava.
Várias razões me levaram a tentar ir bttar por aquela zona:
A primeira deve-se à distância da Lardosa/Vila Nova da Barquinha, não ser muito longe;
A 2ª uma zona que conheço de outras lides;
3ª e mais forte, as memórias boas que as fotos/filmes apresentadas(pela organização) me podiam traser.
Almourol.
O mítico castelo de Almourol, postal de um Tejo, que rio só mesmo o nome...
No mapa, é uma zona que absorveu em tempos 3 grandes quarteis da nossa tropa, sendo que dois deles forças especiais.
Os pára-quedistas, e a Força Aérea.
Tropa, a Engenharia.

O meu colega Simões, logo se apercebeu da minha vontade, e ao ver o meu entusiasmo se aliou a mim. Então, assim sendo, pelas 8 e qualquer coisa já lá estavamos. Vão aqui, levanta ali e 2 grandes amigos revi. O Gama e o Nuno que prontamente nos deram apoio e orientaram para esta manhã.

Nove em ponto e a corneta ecoava. Boa volta.

Como nestas andanças a digital vai ficando no carro, hoje as poucas fotos que tenho são do antes, e do depois...

O meu companheiro de luta, larguei-o logo ao km 11, pois anda que se farta. Os trilhos, esses aos poucos iam-se conquistando sem ver um único estradão. Aos poucos ia-me apercebendo que as fotos e filmes eram agora uma realidade.

Uma magnífica caracterização deu este Grupo aos trilhos.
Trilho do javali, trilho da água(adorei), trilho disto, trilho daquilo. Muito bonita esta caracterização.

Acreditem ou não, quem foi pode testemunhar. Kms feitos à inchada, picareta e roçadora.

Num eucaliptal circulámos num sem fim de trilhos. Raro. Muito raro era ver o companheiro da frente. Ora vira para aqui, ora para acolá, e o 1ºabastecimento chegava.

A água que caía era tanta que só me lembrei de pedalar nestas condições em Raia 2006. Ponderei desistir. Uma coisa horrivel!!! Corrente, óleo, trilhos cheios de lama sem condições de progressão!!!

Aos poucos, e a passar o km trinta e tal o sol dava finalmente à malta um calorzinho para continuar a desfrutar do trabalho destas gentes.

Com andamento mais regular, Constância era já ali, começando aqui o arrepio na espinha a vir ao de cima. Histórias de 89 que se passaram por aqui. Uuuuííí Praia do Ribatejo. Famosas tascas. O melhor para mim estava para vir.

Após desfrutar e participar em trilhos brutais, este Grupo fez questão de colocar o trilho mesmo dentro e ao lado do meu gabinete. 1989, um mar de gente dava todas as manhãs uns colorido(uma cor entenda-se, o verde)a este poligono que recebia jovens um pouco de todo o País...

Tudo abandonado. Que tristeza!!!!Ver o que foi este quartel, olhar para ele agora e !!!! 

A cereja era a seguir.

O Dias, um dos  cicerones do evento caracterizaram o penúltimo trilho como o "trilho do Sapador".

Não me canso de o dizer. De inchada ou sei lá o quê, tudo de novo foi arranjado, culminado depois numa imagem de marca deste passeio.

O castelo de Almourol.

Banhado por um rio Tejo, em que o seu caudal nem existe, permitindo visitar estas muralhas a pé!!! 

Último trilho do dia. Trilho da lampreia se não me engano. Uma magnitude da Natureza. Circular ao longo do Tejo ouvindo o rouxinol entre outros passarinhos, foi uma coisa brutal. Muita mão de obra teve esta gente.
Como comecei, acabei, direitinho, sem nenhuma queda, cheio de dores nesta porra do dedo polegar esquerdo, que não há maneira de me deixar!!!
Em opinião final:
No final, cortei a meta, prazer em conhecer o Dias que me abraçou no final de objetivo cumprido, e ir visitar trilhos novos(para mim), mas repletos de emoção.
Em opinião final:
Belíssimas memórias, mais um passeio, as voltas do Pinto Infante dignificadas, e meus amigos, e se é permito dizer e manifestar a minha opinião, visitem esta gente porque não se arrependem com certeza.
Simões, a ti o meu muito obrigado pela companhia.
Aquele de sempre...sem travões...a subir claro...
Pinto, o Infante