quinta-feira, 29 de junho de 2017

...com 3 toneladas,Vale Sando e terra dos moleiros...

Como se aproxima uma forte tirada no domingo, a rondar os 80 kms, decidi esta 5ª feira dar-lhe com algumas subidas, recaindo a escolha sob as 3 toneladas e as Tinalhas.
Saí da capital do feijão frade por volta das 8 da manhã, um pouco tarde para aquilo que tinha pensado.
As temperaturas esquisitas, fizeram com que fosse às gavetas da roupa de inverno à procura dos manguitos, que bem souberam.

Na Santa Águeda, Marateca, o vento soprava tanto que incomodava os poucos pescadores que àquela hora se encontravam com o fio na água.
Caçadores da terra dos Moleiros, hortinha dos avós maternos, e a N/Sr.ª da Encarnação trás sempre à memória as honras da família, daqueles que já partiram, de famílias conhecidas, em que nos dias de hoje, nem sei se a missa ainda continua a fazer jus a esta Ermida...
Dava inicio às subidas; 3toneladas como apelidam esta zona.
Entrei nas Tinalhas, pelo Norte, aproveitando este facto, para registar tamanha remodelação na outra Santinha.
Ora, se a Santinha da terra dos moleiros, se chama Sr.ª da Encarnação, a das Tinalhas, agora com cara nova, a Rainha Santa Isabel.
Um investimento brutal, que vai trazer para julho artistas de renome.
Está bonita.
Depois, aproveitei este local, para degustar uma XL que levava nas costas;
A parte da tarde das 5ªs feiras é de trabalho, e assim, o relógio tem que ser controlado ao pormenor...
Desci a Vale Sando, onde as vistas são muito bonitas, sob a serra da gardunha e Açor(penso).
Ao circular nesta zona, é possível ver cavalos nas quintas, e para um deles não resisti fazer uma festa.
Até ao Barbaído foi sempre por asfalto, pois a progressão favorecia a hora.
Desci novamente pelas aldeias de xisto, mas além de Martim Branco me ficar no pensamento, a hora não permitia lá chegar...
Tinha que começar a virar coordenadas à Lardosa.
Subi ao Juncal.
Do lagar de azeite, desci esta bonita serra das Tinalhas através de cruzamentos e cruzamentos, sendo que efectuei mais uma paragem com a barriga a dar horas, no café daquela aldeia.
De vez em quando fico surpreso:
Sabe-me bem comer e beber durante as minhas voltas, uma "coca cola".
Desta vez, em garrafa pequena, coisa que é raro ver esta bebida em garrafas de vidro.
Surpresa:
€1,20(um euro e vinte) foi quanto paguei!!!!
Irra!!!!
Depois lembrei-me daquela nova Lei, que o estado fez questão de criar em consequência dos açucares, ou gases nas bebidas...
Atrevi-me a perguntar no final, quanto custava uma MINE:
€0,75(setenta e cinco cêntimos)...
Comentários,,,,
Para quê, quando o álcool é mais barato do que os sumos!!!!
O meio dia já tinha passado. Agora havia que dar força aos pedais, pois o trabalho de tarde tem que se cumprir.
Póvoa, terra dos moleiros, novamente Santa Águeda e Lardosa.
Ao passar a barragem, o vento das previsões já se manifestava de tal ordem, que só mesmo por estará  chegar a casa não vesti de novo os manguitos.
Contudo, bela volta, fazendo o trabalho necessário para o próximo domingo.
Venham de lá mais iguais a estas!!!
Aquele de sempre,
Pinto, o Infante

segunda-feira, 19 de junho de 2017

...até às flores do Vale da Torre, em boa companhia...

Após o fatídico sábado(jamais visto no nosso País), tinha combinado caso acordasse a horas uma voltinha de grossa na companhia do Samuel e do Luís, em que o itinerário envolvesse a bonita festa das flores na aldeia do Vale da Torre.
A ideia era sair cedo, evitando o calor que temos sofrido, com trilho escolhido pelo Samuel, fomos primeiro até à bonita aldeia de Castelo Novo.
Como subidas não se identificam comigo, mas como eramos 3 a decisão foi superior.
Pronto.
Posto isto, o café matinal foi na Luimar, saboroso como sempre, e pelas 7H2o, graças ao meu atraso, nem me apetecia sair dali, tal era já o calor.
Como nas vésperas, envolveu festa e jantaradas com a família e amigos no Vale da Torre, nem me tinha apercebido da calamidade que estava a assolar o nosso País...
Na tv, era notório o peso da informação;
Saímos, com a conversa dedicada a este triste motivo, e pelo tanque, até Nac.18 vislumbramos a ar completamente carregado de fumo, consequência do monstro que invadiu Pedrogão Grande e arredores.
Horrível...
Até Castelo Novo os bidons foram desaparecendo.
Com objetivo,  como o Luís diz, "tenho que ter sempre água", a 1ª fonte era à escolha naquela aldeia.
Depois do reabastecimento, próxima fonte era Atalaia do Campo.
Chegamos a Atalaia depois de um monumental engano da minha parte, relembrando o GPS que passou por aqui, e tivemos que andar no volta atrás...
Era notório as marcas de cal no chão, em que o Samuel se lembrou e foi mesmo a "ROTA DA CEREJA",  que envolvia a passagem por aqui.
Fomos alguns metros no sentido oposto, mas como era ainda cedo, não deu para ver nenhum companheiro passar.
O caminho, bonito e conhecido também do Samuel e do Luís também, pois a família tem por ali umas hortinhas e pertences, fazia a ligação até às Zebras.
Com o sol a apertar, passava pouco das 10 da manhã, e o sol já mastigava a pele.
Chegamos ao Vale da Torre, objetivo proposto, a azafama das limpezas e preparação era notória.
Uma festa que tive o prazer de visitar no dia anterior, degustar junto dos meus, e amigos uma bela jantarada, e neste domingo, uma bela mine na tasquinha do Nisa.
Rapaziada, vamos embora, com quase meia centena de kms percorridos, mas meus amigos a bicicleta tenho que a parar, pois o sol e calor pelas onze da manhã, não é confortável.
Termino, com uma palavra de pesar a todos/as aqueles que nos deixaram, uns inocentes, e que era meu desejo quem manda neste País, sentar-se à mesa, e fazer o trabalho de casa, antes delas acontecerem...
Ao corpo dos HOMENS DA PAZ, força companheiros...
Bem haja Samuel e Luís pela companhia.
Aquele de sempre, Pinto Infante

domingo, 11 de junho de 2017

...N/Sr.ª Fátima, noutra perspectiva...

...minha culpa, minha tão grande culpa...
Este ano de 2017, sabia que a dificuldade maior para realizar a ligação anual entre Castelo Branco e Fátima seria os 9 Kg a mais em cima da minha bicicleta.
Isto prende-se com o largar dos cigarros, e a balança teima em não baixar.
Fico, e sinto-me contente, pois olhei em redor, e na companhia de 14 pedalantes e 2 ajudas importantíssimos na realização destas aventuras, reparei que ninguém fuma; São só coincidências.
Bem, mas vamos lá relatar esta monumental aventura deste ano:
Tenho que assumir toda a culpa do que correu menos bem neste ligação, pois desde há muito que tinha em mente elaborar o caminho até Fátima, por um trajeto diferente.
Urso!!!
O Pires, ora para aqui, ora para ali, desenhou um trajeto, o Roque olhou, o Pinto vamos, o Nunes, é melhor não, o Franco não inventem, o caloiro Oliveira, nem sei se hei-de ir, os restantes caloiros nem sabiam onde se iam meter...
...e o burro sou eu!!!
Uma certeza no meio disto:
Ninguém sabia por onde, nem como seria o trajeto; Toda a malta achava que seria mais duro, mormente com menos distância.
https://photos.google.com/search/_tm_Filmes/photo/AF1QipMoZ7j2t14k0gI6SSgFGittxU6oiwcj11jArLf4
Um erro total, a não repetir por aqui, um empeno como nunca.
O roda naturalmente foi o Roque, grande máquina.
A ordem de operações foi cumprida ao pormenor, sendo a saída à hora habitual.
6 e pouca da manhã pusemo-nos ao destino.
Até ao Vale da Mua, toda a gente conhecia, a partir dali, meus amigos, foi um autêntico calvário até Fátima;
Envendos, Mação, Sardoal, Carvalhal, Martinchel, barragem Castelo do Bode(o roda levou todo pelotão a 45 kms hora atrás dele, local único onde apanhamos estrada sem subidas, porque até aqui, o carrocel, qual deles o pior...), Santa Cita, Soudos, Casais da Igreja, Lagoa do Furadouro local onde o verguei com dores no joelho direito, fruto do esforço do sobe e desce constante ao longo dos 137 kms, e decidi ir 5 kms na carrinha, para depois já em Fátima chegar junto dos bravos companheiros ao Santuário.
No grupo de 14 companheiros existiam 4 gps, sendo o olho da frente, o Pires que como tudo estava planeado, em todos os cruzamentos houve necessidade de agrupar, sempre, pois ora à esquerda, ora à direita ninguém se podia perder....
O trajeto, além de duríssimo, o vento chegou a assustar de frente, e a hora de chegada, a mais tarde de sempre; 14H30´...
Uma coisa horrível...
Houve necessidade de haver alterações do local dos banhos, o repasto foi o convívio habitual, e a Castelo Branco regressamos mais sossegados, com mais um objetivo anual cumprido.
Quero manifestar aqui um agradecimento aos meus companheiros de luta, e pedir desculpas pelo trajeto escolhido, pois só eu as tenho que assumir.
Um evento desta envergadura, carece de uma logística grande que envolve pessoas com uma atenção especial.
Ao Antunes que desde a 1ª ligação a Fátima nos acompanha, e ao Lourenço um grande abraço e muito obrigado pela colaboração, pois sem vocês as coisas seriam mais complicadas.
Agradecimentos ao Comandante do Comando Territorial da Guarda Nacional Republicana de Castelo Branco, por todo o apoio dispensado.
Para o ano lá estaremos, com todos estes, e mais quem se queiram juntar à festa, mas com toda a certeza que o trajecto não vai ser por aqui, mas sim por Nisa, pois além da quilometragem ser um pouco superior, tudo se justifica por esse lado, e não uma estupidez destes quase 3000 m de acumulado.

A todos um grande abraço.
Pinto, o Infante